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O que são benefícios inclusivos e por que importam tanto

Organizações devem reavaliar seus planos de saúde e benefícios para que eles façam parte da estratégia para conquistar um ambiente mais diverso e inclusivo

Por Redação
7 dez 2021, 07h00
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  • Uma pesquisa realizada pela Mercer Marsh em países da América Latina mostrou que, cada vez mais e principalmente após a eclosão da pandemia, os profissionais valorizam a diversidade, a igualdade e a inclusão. O estudo Reinventando os Benefícios ouviu funcionários de 647 empresas (51 brasileiras) de 13 países latino-americanos e 18 setores de atividade.

    Para 64% dos participantes, é importante que as companhias ofereçam benefícios inclusivos, voltados para garantir o acesso mais igualitário de grupos minorizados e sub-representados a programas de saúde, bem-estar, desenvolvimento de carreira e proteção financeira. Um exemplo é a licença parental estendida para os dois membros do casal, para que as tarefas não recaiam sobre apenas um deles. Outro é o auxílio para tratamento de transtornos mentais.

    Para 82% das organizações brasileiras, esses são diferenciais que podem reter e atrair colaboradores. Já 79% consideram que essas ações fazem parte da estratégia de responsabilidade social corporativa. De fato, os benefícios inclusivos têm o papel de cobrir lacunas e disparidades existentes na sociedade.

    “A primeira questão a se considerar é que a força de trabalho é multidimensional, algo que nem todas as empresas têm em mente”, afirma Antonietta Medeiros, diretora de gestão de saúde e qualidade de vida da Mercer Marsh. “O colaborador deve ser visto não apenas como um elemento-chave para o correto funcionamento da empresa, mas como um ser humano com diferentes contextos e necessidades. Uma estratégia de diversidade, equidade e inclusão deve estar alinhada com a vivência dos benefícios que são oferecidos e as necessidades e eventos relevantes para a vida dos colaboradores, e não apenas nas ‘práticas de mercado’ que tendem a perpetuar as lacunas e disparidades.”

    Influência da pandemia

    Um relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde em setembro mostrou que a pandemia atingiu mais intensamente as nações com maior desigualdade social, como o Brasil. O documento leva em consideração os avanços do país nos índices de desenvolvimento humano, mas adverte que a crise sanitária deve gerar retrocessos em conquistas sociais e econômicas históricas.

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    Para tentar diminuir as lacunas que se aprofundaram no período, 64% das empresas entrevistadas disseram que vão rever as suas políticas de diversidade e inclusão e aplicar treinamento para líderes e equipes.

    Ainda segundo o levantamento da Mercer Marsh, 55% vão criar políticas de D&I e desenvolver programas estruturais para combater preconceitos no recrutamento, na contratação e no desenvolvimento de carreira. Além disso, 45% se comprometeram a implantar benefícios para combater as disparidades sociais, educacionais e econômicas.

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