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Vívian Rio Stella

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Doutora em Linguística pela Unicamp. Idealizadora, curadora e professora da VRS Academy, pesquisa e desenvolve trabalhos voltados à lifelong learning
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Os problemas do modelo “nem home, nem office”

Novo modelo exige práticas de gestão que se pautem por colaboração, autonomia e clareza na definição de metas e resultados

Por Vivian Rio Stella, colunista de Você RH
10 Maio 2022, 06h47
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    emanas de 4 dias de trabalho, fim de avaliações por desempenho anuais, redução ou remodelação dos espaços físicos dos escritórios, adoção de ferramentas digitais colaborativas. Essas são algumas das mudanças que as empresas têm implantado com o retorno aos escritórios ou com o modelo híbrido, desde que a pandemia parece ter nos dado uma trégua.

    Embora esse cenário pareça muito favorável quando lemos guias criados pelas organizações, em posts no LinkedIn e artigos na imprensa de negócios, especialmente porque nos promete produtividade e equilíbrio entre vida pessoal e profissional, há muitos desafios na prática.

    Isso porque o “nem home, nem office” (emprestando o título do ótimo livro de Tiago Alves) requer adotar práticas de gestão que se pautem por colaboração, autonomia e clareza na definição de metas e resultados. E, por menos novas que possam parecer essas atitudes, não há nada mais moderno do que desapegar de abordagens que só fazem sentido quando as pessoas trabalham no mesmo tempo e espaço físico.

    Essa contradição dos velhos novos problemas fica mais clara quando paramos e nos perguntamos:

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    Talvez todos esses e muitos outros por quês se devam a três fatores (entre outros): mindset ainda de controle e não de colaboração; ausência de planejamento estratégico condizente com o modelo híbrido; práticas enraizadas na cultura organizacional e na sociedade como um todo.

    E precisamos analisar esses por quês (ou tantos outros que você enfrente no cotidiano), conversar a respeito deles para construir junto estratégias de comunicação, liderança engajada e tecnologia da informação que façam sentido e sejam coerentes com a cultura atual ou em transformação da empresa.

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    Caso contrário, vivenciaremos um trabalho “nem home, nem office” que só reproduz abordagens tradicionais, apenas com um novo nome, um novo layout ou novas ferramentas de (des)conexão. Como consequência, seguiremos os velhos novos dilemas: falta de engajamento, falta de inovação e falta de produtividade.

    Uma sugestão mais valiosa do que listar três ou cinco formas de implantar uma gestão híbrida efetiva (até porque não existe um único modelo eficiente a ser seguido): depois de ler este texto, que tal procurar perceber o modelo híbrido pela perspectiva das pessoas que fazem parte do seu cotidiano? Pergunte:

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    Tenho certeza de que você vai aprender muito com as respostas e vai achar brechas e caminhos para propiciar mais colaboração, produtividade e inovação. Ouse experimentar, ouse perguntar.

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