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Quem o BTG Pactual recruta para formar sua nova geração de profissionais

Mateus Carneiro, sócio responsável pelo RH do BTG Pactual, explica como é o perfil profissional que eles procuram

Por Camila Pati
Atualizado em 5 dez 2020, 20h56 - Publicado em 5 fev 2019, 14h00
BTG Pactual: escritório do banco em São Paulo (BTG Pactual/Divulgação)
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São Paulo – Terminam nesta quarta-feira, 6, as inscrições para o Programa Próxima Geração do BTG Pactual, voltado par atrair recém-formados para os escritórios do banco de investimentos em São Paulo e Rio de Janeiro.

O programa é aberto para quem tem graduação completa entre julho de 2016 e julho de 2019 em cursos como administração, matemática, engenharias, ciências exatas e também direito, entre outros.

Embora o público-alvo seja semelhante ao de um programa de trainee, Mateus Carneiro, sócio responsável pela área de recursos humanos do BTG diz que a iniciativa do banco é diferente e por isso baniu o termo trainee do organograma. “A gente preferiu abandonar o nome porque trazia muito a ideia de um modelo de programa que outras empresas fazem, com rotações e outras características que são diferentes do que a gente adota aqui”, diz.

Quem é selecionado para o programa Próxima Geração não recebe a promessa de cargo de gerência nem fica passando por diferentes áreas do negócio, como acontece em muitos trainees do mercado. “O jovem aqui já entra com funcionário e no nosso caso é aberto: se for bem pode ter uma promoção”, diz Carneiro.

O acesso à liderança do banco e o desenvolvimento técnico são os principais destaques do programa. Os selecionados participam de treinamento com 18 módulos dado pelos sócios do banco, sobre temas como: evaluation, renda fixa, renda variável, derivativos, risco de crédito, crédito estruturado, entre outras.

Responsável pelo departamento de recursos humanos há três anos, o sócio do BTG Pactual  começou como estagiário e tem 22 anos de casa. Ele recebeu a reportagem de EXAME, no escritório de São Paulo do banco. Durante a conversa, Mateus Carneiro falou sobre a cultura do banco que é o que dita o perfil buscado pelo programa. Ele também contou como é a estratégia geral de recrutamento de jovens em começo de carreira:

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Uma startup de 35 anos

“Nossa história é uma história de empreendedorismo e de transformação e de inovação desde lá do início. O banco começou como Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários (DTVM), há 35 anos e foi evoluindo. A gente não teve – salvo um momento curto da nossa história – um grande acionista ou empresa por trás. Afinal de contas, a gente foi uma startup que virou um negócio muito maior. Se você pegar as DTVMs que surgiram naquele momento, elas não se tornaram o que o BTG Pactual se tornou. Isso é um sinônimo obviamente de empreendedorismo e uma história de sucesso.” 

Cabeça empreendedora

“A diferença está no tamanho e está no fato de a gente já tem uma estrutura, já passou por 35 anos, mas a forma como a gente quer viver aqui dentro, a forma como a gente toca o nosso negócio não é muito diferente da cabeça empreendedora de quem está numa fintech”.

Proximidade com tecnologia

“Hoje em dia, o peso da tecnologia para inovar é muito maior Muitas das nossas iniciativas ligadas a recrutamento ou desenvolvimento tiveram um reforço no que diz respeito seja à atração de talentos diretamente ligados à tecnologia.  Tem aqueles que a gente precisa que sejam experts em tecnologia e tem aqueles que não precisam ser experts mas precisam ter isso em mente. Isso hoje é importante de uma forma geral para todas as áreas.”

O que é talento

“É uma combinação entre a parte técnica, capacitação, mas também diz respeito à motivação, à aspiração e à dedicação. A gente acredita que não adianta trazer a pessoa com QI nota mil que não é suficiente. Precisa ter atitude, precisa ter postura, precisa também ter capacidade de desenvolver competências socioemocionais”, diz.

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Fora do eixo do Rio São Paulo

“Temos procurado atrair talentos de fora do eixo Rio São Paulo.  Existem desafios em termos de logística, mas para a gente é algo que tem muito valor. Temos algumas iniciativas para facilitar a entrada e a gente conhecer esses talentos. Abrimos estágio de férias e tivemos alguns alunos do Sul e de Minas Gerais, além de São Paulo”.

Desmistificação da imagem de competitividade agressiva 1

“O mercado financeiro ainda intimida um pouco alguns jovens. Acho que essa aura afeta um universo de talentos que tem bastante valor que são as mulheres. A gente identificou oportunidades de fazer com alunas universitárias um esforço mais dedicado para desmitificar isso. A gente também tem sócias aqui no banco, mulheres que trabalham aqui há anos e anos”

Desmistificação da imagem de competitividade agressiva 2

“Você vai encontrar aqui pessoas com muito tempo de casa, as pessoas ficam aqui muito tempo. 0 que a gente tem é um conjunto de pessoas de alta capacitação, motivação, vontade fazer de construir de se superar e um ambiente bastante aberto”.

Desmistificação da imagem de competitividade agressiva 3

“Sinceramente eu acho que todo mercado é competitivo, todas as empresas vão ser de alguma forma, no jornalismo é assim, em qualquer setor você vai ter um grau de competitividade, a questão que fica é como a companhia trata isso. A competitividade é em troca de quê? De sobrevivência ou de crescimento?”

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O que significa o modelo de partnership mertocrático

“O interesse econômico do grupo é detido por sócios que trabalham aqui. O banco não é uma corporação que tenha a propriedade diluída na Bolsa, não é de um sócio capitalista sentado fora daqui. São sócios que fazem parte do partnership. É um grupo de mais de duzentos sócios, que detém a maior parte do equity. A participação que os sócios têm é o mais representativo dentro do patrimônio deles, não é que eles têm outros negócios e o banco é só mais um desses negócios. É dedicação integral”.

Cultura meritocrática para todos

“Ninguém entra ou deixa de ser sócio ou cresce ou regride no partnership por uma questão de tempo, hierarquia ou regra, é uma questão de meritocracia. É por entrega, é por dedicação, é por qualidade, é por resultado. Por isso inclusive que você tem uma nova geração de sócios e isso acaba permeando a cultura de toda a instituição. Se fosse sempre o mesmo grupo de sócios para sempre isso não permearia toda a instituição. ”

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Mateus Carneiro, sócio responsável pela área de recursos humanos do banco (BTG Pactual/Divulgação)
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