Um chefe ruim é o suficiente para a maioria das pessoas pedirem demissão. Ao menos nos Estados Unidos. Por lá, sete em cada dez profissionais deixariam o emprego nessa situação, segundo a pesquisa Workforce Confidence do LinkedIn.
A relação com o chefe é especialmente importante para os millennials, nascidos entre 1984 e 1995, e para a geração Z, nascida entre 1995 e 2010. 77% do primeiro grupo afirma que procuraria outro emprego diante de um mau gestor. Isso é verdade para 75% do segundo grupo.
Entre os membros da geração X, nascidos entre 1964 e 1983, e os baby boomers, entre 1947 e 1963, as porcentagens são de 68% e 61%, respectivamente.
O levantamento considerou a opinião de 6.427 profissionais americanos, que responderam um questionário online entre junho e julho deste ano.
Quem quer ser… um gestor?
Os entrevistados que deixariam o emprego por conta de um chefe ruim não acreditam, necessariamente, que poderiam fazer um trabalho melhor. A pesquisa do LinkedIn mostrou que só uma em cada três pessoas gostaria de assumir um cargo de gestão. E a maioria desses profissionais são millennials.
O desinteresse em virar chefe pode, eventualmente, criar vácuos de gestão. Ele passou a preocupar executivos e profissionais de RH recentemente porque alguns estudos identificaram a tendência no mercado. Ela até ganhou um apelido: “quiet ambition”.
Uma série de especialistas ouvidos pela Você RH, para esta matéria sobre o assunto, afirmam que não têm percebido um problema grave de falta de líderes nas empresas brasileiras. Mas concordam que a saúde mental dos profissionais é uma questão cada vez mais importante – que afasta as pessoas da liderança.
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