Ao olhar para os jovens — cada vez mais ágeis e antenados —, essa farmacêutica suíça percebeu que precisava conduzir uma transformação. A busca por inovação passaria pela desburocratização para agilizar e simplificar processos. Uma das primeiras medidas foi mudar a ferramenta usada pelo RH. Agora, os profissionais têm autonomia para definir os caminhos que desejam percorrer dentro da companhia. Na visão dos funcionários, o sistema ficou mais flexível: metas, projetos e objetivos podem ser alterados sem o engessamento típico de grandes organizações.
O movimento de empoderamento dos empregados, diz o RH, exige mais maturidade dos líderes, que agora precisam desenvolver subordinados para que alcancem a posição almejada — seja ela qual for. E a postura da chefia vem sendo elogiada. “Os gestores são abertos, não é preciso pedir permissão para acessar diretores”, diz um jovem.
Outros aspectos valorizados são a preocupação de reduzir custos em vez de demitir pessoas e a atenção dada às pesquisas de clima, que sempre motivam melhorias. Já a rigidez no dress code incomoda. Embora alguns arrisquem trajes informais, no papel a política proíbe o jeans e sugere às mulheres que usem salto alto todos os dias. “Isso não faz mais sentido”, sentencia um funcionário. roche.com.br
PONTOS POSITIVOS
A definição das metas é discutida em conjunto com os times. Segundo os funcionários, fica claro o esforço da companhia para que haja contribuição efetiva das pessoas durante esse processo.
PONTOS A MELHORAR
Apesar de as vagas serem abertas primeiro internamente, funcionários reclamam da falta de feedback. Estagiários pedem clareza nas efetivações: uns são contratados como assistentes administrativos; outros como analistas.
*Este artigo foi originalmente publicado na edição 247 da Você S/A