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Saúde ocupacional: o que é e por que as empresas precisam cuidar disso

O cuidado com a saúde de funcionários vai além de apenas cumprir a legislação e interfere no engajamento e nos resultados

Por Hanna Oliveira
Atualizado em 1 mar 2021, 14h48 - Publicado em 1 mar 2021, 14h30
Duas mulheres aparecem na imagem usando máscara e vestindo traje social.
 (Edmond Dantès/Pexel/Divulgação)
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O mundo se transformou e a tecnologia vem desempenhado um papel cada vez mais importante no ambiente de trabalho, mas fato é que as pessoas ainda são a força motriz das companhias. Nesse sentido, pensar em saúde é primordial – como a crise da covid-19 mostrou a todos. A pandemia ainda trouxe à tona o fato de o trabalho atravessar as fronteiras da vida privada, o que acabou gerando inquietações e ansiedades. Segundo o Google, as buscas pela expressão “exaustão mental” cresceram 150% ano passado e o número de afastamentos chegou a 576 mil em 2020, como mostra um levantamento realizado pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho.

Para Juliano Trotta, médico do trabalho e professor da Escola de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), cuidar da saúde e da segurança ocupacional é ajudar não apenas funcionários, mas famílias e comunidades. “Estamos falando de uma dimensão que tem influência no contexto de vida e que pode ser levada para dentro de suas casas e para as pessoas que com quem se tem convívio comunitário”.

Mas o que é saúde ocupacional?

Segundo Tânia Barbieri, psicóloga especialista em Psicologia do Trabalho e Organizacional e também professora na PUCPR, saúde ocupacional é a qualidade de vida de um trabalhador em todos os aspectos: físico, psicológico e social: “Ajuda a pensar de que maneira o ambiente de trabalho possui elementos ou variáveis que podem comprometer o rendimento de funcionários”.

Além da saúde e segurança ocupacional, é importante pensar na relação dos trabalhadores com o tempo dedicado às atividades profissionais e com o ambiente de trabalho. Isso cria o conceito de saúde integral: “Quando a pessoa tem uma doença, não deixa de ter sofrimento e angústia quando passa pela catraca da empresa. Ela continua perturbada com alguma situação, seja física ou emocional”, afirma Juliano. Por isso, pensar na saúde integral, segundo Juliano, é o melhor caminho para manter em dia o bem-estar dos trabalhadores: “Todo mundo ganha quando se faz promoção de saúde: o indivíduo, porque não adoece; e a empresa, porque não perde esse funcionário em afastamento. Ao mesmo tempo, a companhia passa a mensagem de que essa pessoa é cuidada”, diz.

 

Para que serve o serviço de saúde ocupacional?

De acordo com Tânia, o serviço de saúde ocupacional vem para o cuidado dos funcionários, “não tem como eliminar o fator humano do trabalho, então a saúde ocupacional precisa auxiliar a empresa a ter esse olhar mais amplo”. Juliano relembra que mesmo sendo uma questão de legislação que regula a saúde no ambiente do trabalho, a saúde ocupacional vai além. “Quando falamos de saúde ocupacional, é, sim, cuidar das normas técnicas, que têm que ser seguidas, mas vai muito além disso. É promover saúde e qualidade de vida dentro do ambiente de trabalho”.

Qual a diferença entre saúde ocupacional e saúde do trabalhador?

Existem linhas de compreensão distintas sobre saúde ocupacional e saúde do trabalhador segundo a psicóloga Tânia Barbieri. Para ela, no quesito de saúde do trabalhador, o que pesa mais são os efeitos individuais do trabalho sobre o empregado. Mas, no fim, ambas possuem caminhos conjuntos para se trilhar: “Quando você pensa em ação e estratégias elas são muito parecidas”, afirma.Para Juliano, a saúde ocupacional não pode apenas ter como objetivo a prevenção de danos: “Ela não trabalha apenas no papel de evitar acidentes de trabalho, ela promove saúde, melhoria na qualidade de vida”. 

Toda empresa precisa ter cuidados relativos à saúde ocupacional?

A resposta é sim. A grande diferença será na natureza da atividade da empresa que pode ou não oferecer mais riscos aos trabalhadores: “As características do trabalho precisam que o ambiente seja favorável para que o indivíduo não fique pior”, diz Tânia. 

Quais os riscos de não se ter cuidados relativos à saúde ocupacional?

Os riscos vão desde processos trabalhistas até questões relacionadas ao engajamento, produtividade e atração de talentos.”Uma empresa que não pensa na qualidade de vida do seu funcionário, não atrai mão de obra. Se você tem pessoas trabalhando insatisfeitas, com estresse, doenças ocupacionais ou de outros tipos, como déficit de atenção, acidentes de trabalho”, explica Tânia. 

Como a empresa pode implantar medidas de saúde ocupacional nos locais de trabalho?

Além da presença de um médico do trabalho para prevenção e orientações sobre as doenças ocupacionais, vale também fazer palestras, oficinas e treinamentos comportamentais. Além disso, é importante ter comunicação transparente e liderança sensibilizada. Tudo isso, segundo Juliano, pode evitar episódios de assédio moral e ajudar na prevenção de doenças, principalmente as psicológicas. “Muitas vezes isso ajuda para identificação precoce dos sintomas que algumas doenças mais comuns de cunho emocional”, diz o especialista.

 

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