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Licença-paternidade influencia na retenção de 69% dos profissionais

O benefício é um dos cinco mais valorizados pelos homens no mundo corporativo, segundo pesquisa da Filhos no Currículo em parceria com o Talenses Group.

Por Redação
8 ago 2025, 18h12
Fotografia de um homem asiático trabalhando na cozinha com a sua no colo filha.
 (MoMo Productions/Getty Images)
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Com o Dia dos Pais se aproximando, uma pauta geralmente negligenciada volta ao radar do mundo corporativo: a licença paternidade. O número de homens que desejam participar ativamente dos cuidados com os filhos desde os primeiros dias de vida está aumentando, mas o ambiente profissional ainda impõe barreiras persistentes.

69% dos pais brasileiros afirmam que uma licença paternidade estendida influenciaria diretamente sua decisão de permanecer ou sair de uma empresa, segundo a pesquisa Radar da Parentalidade, realizada pela consultoria Filhos no Currículo em parceria com o Talenses Group.

O benefício já figura entre os cinco mais valorizados por profissionais homens. Além disso, 81% dos entrevistados consideram inaceitável qualquer forma de discriminação contra pessoas que têm filhos.

Ainda assim, o medo de se afastar do trabalho para cuidar dos filhos permanece comum. Alguns pais desconhecem o próprio direito, enquanto outros relatam receio de perder o emprego ao solicitar o afastamento.

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Para Rodrigo Vianna, CEO da Mappit e cofundador do Talenses Group, essa resistência não se resume a um medo individual, mas expõe um modelo de masculinidade ainda dominante nas empresas. “Existe uma ideia de que o bom profissional é aquele que não se permite parar, nem mesmo diante do nascimento de um filho”, afirma. “É como se trabalho e paternidade ocupassem territórios opostos, quando na verdade deveriam se alimentar mutuamente.”

Rodrigo defende que a licença paternidade estendida também deve ser encarada como parte de uma estratégia corporativa mais ampla. “Ambientes que acolhem pais e mães, conseguem reter mais talentos, formar equipes mais engajadas e fortalecer a confiança entre liderança e colaboradores”, argumenta o especialista. Quando o cuidado com a família é respeitado, todo o ecossistema da empresa se transforma.”

O executivo também defende que a vivência da parentalidade pode contribuir diretamente para o desenvolvimento de habilidades valorizadas no mercado de trabalho. “Empatia, resiliência, escuta ativa e capacidade de priorização são competências que a paternidade exercita de forma profunda. Criar uma cultura que reconhece isso não é apenas uma questão de direitos ou benefícios, mas de acolher habilidades valiosas.”

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Nesse contexto, ganha destaque o trabalho da Coalizão pelo Avanço da Licença Paternidade (Copai), uma articulação entre empresas, organizações e especialistas, que se dedica a ampliar o acesso à licença paternidade no Brasil. A coalizão atua promovendo o debate público, produzindo dados e apoiando empresas que queiram adotar políticas mais equitativas em relação à parentalidade. Ao reunir líderes do setor privado e da sociedade civil, a Copai busca acelerar mudanças estruturais no mundo corporativo, incentivando práticas que possibilitem o cuidado compartilhado desde os primeiros dias de vida do bebê.

À medida que o Dia dos Pais se aproxima, vale refletir com mais seriedade sobre as consequências de uma cultura corporativa que não apoia a paternidade. Saiba mais nesta matéria.

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