77% dos profissionais gostariam de alterações no pacote de benefícios
Eles querem flexibilidade e auxílio educacional. Mas há uma discrepância significativa entre oferta e demanda, segundo pesquisa da Robert Half.
Oito em cada dez profissionais gostariam que suas empresas alterassem, em alguma medida, os benefícios que oferecem, segundo uma nova pesquisa da Robert Half. 58% dos entrevistados, porém, já se consideram satisfeitos com o pacote de auxílios que recebem atualmente.
O estudo considerou a opinião de 2,5 mil profissionais, que responderam questionários online em maio ou julho deste ano. Executivos eram um terço da amostra, que também incluiu pessoas desempregadas.
Uma parcela muito pequena dos entrevistados (3%) considera que a remuneração é o fator de atração e retenção mais importante em uma empresa, sejam quais forem os benefícios oferecidos.
Por outro lado, 49% das pessoas desempregadas afirmam que tais pacotes são um fator decisivo na hora de aceitar uma proposta de emprego. Já 57% dos profissionais empregados defendem: se uma vaga não apresenta os benefícios que julgam importantes, o melhor é negociar o salário a fim de compensá-los.
Mas quais são os auxílios mais importantes? A Robert Half elaborou um ranking com os dados obtidos na última pesquisa. Confira abaixo os dez benefícios mais oferecidos pelas empresas – e os dez mais desejados pelos profissionais.
O que as empresas mais oferecem
- Vale-refeição
- Vale-transporte
- Plano odontológico
- Seguro de vida
- Plano de saúde
- Auxílio mobilidade
- Celular da empresa
- Apoio psicológico
- Auxílio combustível
- Previdência privada
O que os profissionais mais desejam
- Bônus acordado (mensal, trimestral ou anual)
- Flexibilidade (de horário ou modelo de trabalho)
- Previdência privada
- Vale-alimentação
- Plano de saúde
- Vale refeição
- Plano odontológico
- Seguro de vida
- Auxílio educacional
- Estacionamento
Expectativa x realidade
A pesquisa revela algumas discrepâncias entre oferta e demanda. Os profissionais desejam um bônus, por exemplo, mas não recebem. Este é, segundo especialistas da Robert Half, um “poderoso instrumento de motivação”, porque reconhece e recompensa os esforços dos colaboradores de maneira tangível.
Eles também estão pedindo mais flexibilidade – o que não é novidade para você, caro leitor. Como já abordamos em outras matérias, ela tende a aumentar a satisfação dos profissionais, reduzir o estresse, melhorar a produtividade e diversificar o organograma.
Outro benefício valorizado pelos colaboradores é o auxílio educacional, que pode incrementar as habilidades dos times e beneficiar a própria empresa. Mas os profissionais também ficam a ver navios nesse caso.
A maioria deles (80%) valoriza a possibilidade de escolher os benefícios de acordo com suas necessidades individuais, de acordo com a pesquisa. Mas só 15% das empresas oferecem essa opção.
Razões da discrepância
Segundo os executivos entrevistados, esse desencontro generalizado acontece por três motivos principais: a dificuldade de 1. equilibrar os custos dos benefícios com o orçamento disponível; 2. acompanhar as tendências do mercado; e 3. personalizar os auxílios e incentivos conforme as necessidades dos funcionários.
Para Fernando Mantovani, diretor da Robert Half na América do Sul, os benefícios são uma ferramenta estratégica para a atração e retenção de talentos. Daí a importância de fazer uma boa gestão desses auxílios. Como? Criando políticas claras, fazendo análises de custo-benefício, comunicando as opções disponíveis de maneira transparente e recolhendo feedbacks para ajustar os pacotes se necessário.
E para você, quais são os benefícios indispensáveis? 🙂
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