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O horário é flexível na Irizar Brasil

A frequência nas tardes de sexta-feira costuma ser fraca, porque cada um faz seu horário, junto com sua equipe

Por Renata Avediani
Atualizado em 5 dez 2020, 20h48 - Publicado em 27 mar 2013, 14h50
Ônibus da Irizar (Divulgação/)
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Botucatu (SP) – Mesmo com 82% de suas vendas voltadas à exportação, a Irizar não tem sentido a crise mundial bater à sua porta. Até o final de 2013 a fabricante espanhola de carroceria para ônibus, com sede em Botucatu (SP), deve construir uma nova fábrica com capacidade para triplicar sua produção até 2016 e contratar cerca de 200 pessoas.

A empresa cresceu tanto nos últimos anos que, além do espaço apertado entre uma linha de produção e outra, até a área de lazer teve de ser transformada em fábrica. Quando se instalou no Brasil, em 1998, a Irizar produzia um ônibus a cada três dias e contava com 47 funcionários. Hoje, são quase 560 produzindo 3,5 carros por dia, com a meta de passar para dez unidades diárias até 2016. Se depender da motivação do pessoal, o projeto sai rapidinho do papel.

Um dos pontos que mais satisfazem os profissionais é o pacote de remuneração. Além de salários considerados acima da média para a região, há plano de saúde e odontológico, dentista dentro da companhia, convênio com farmácias, seguro de vida, participação nos resultados, bolsas de estudo e previdência privada para todos.

O horário flexível também entra para a lista das coisas que os empregados amam na empresa. “Difícil encontrar gente aqui depois do meio-dia às sextas-feiras”, brinca um deles. Isso porque cada um faz o seu horário. Claro que depende da quantidade de trabalho, da disponibilidade do banco de horas e do consenso dos colegas, já que tudo por lá funciona em equipe.

Esse, aliás, é outro aspecto que aumenta a satisfação do pessoal. Na Irizar praticamente não existem chefes. Hoje, 16 profissionais têm cargo de liderança formal, menos de 3% do time. E ainda assim eles atuam mais como facilitadores do que como gestores. Quem decide, por exemplo, sobre contratação, demissão e pela nota na avaliação semestral de desempenho — que pode resultar em 10% de aumento no salário — são os próprios membros das equipes, em conjunto. Ao líder, cabe apenas assinar embaixo. 

PONTO(S) POSITIVO(S) PONTO(S) A MELHORAR
Há reuniões diárias entre as equipes e, anualmente, uma assembleia, que reúne todo o time para falar sobre resultados da empresa e planos futuros. Não há auxílio-creche, uma reivindicação antiga. A carga de treinamento deixa a desejar e falta um programa de cuidado com a saúde dos funcionários.
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