Desconto de até 39% OFF na assinatura digital
Continua após publicidade

Pesquisa mostra que trabalhadores estão mais endividados

Para grande parte dos entrevistados, o home office e modelo híbrido de trabalho foram aspectos positivos vindos com a pandemia

Por Redação
12 nov 2021, 07h00
Foto mostra a mão de uma pessoa segurando um cartão de crédito azul.
 (Pexels/Pixabay/Divulgação)
Continua após publicidade

Está faltando dinheiro para pagar todas as contas do mês. É o que afirmaram seis em cada dez participantes da pesquisa “Hábitos e Impactos da Saúde Financeira do Trabalhador”, contratada pelas fintechs Zetra e SalaryFits. Os entrevistados destacaram a inflação alta, o constante medo do desemprego e a elevação dos juros como agravantes da situação que se estabeleceu com a pandemia da covid-19.

Em busca de renda extra

Segundo o estudo, que teve 800 respondentes, 28% recorreram a alternativas como o uso do cartão de crédito e trabalhos como freelancer para tentar arcar com as despesas. Em 2019, quando a primeira versão da pesquisa foi feita, a busca por renda extra aparecia em apenas 10% das respostas.

O número de pessoas que pedem ajuda a amigos e familiares, no entanto, caiu de 5% para 3%. Por trás desse dado está a piora no quadro econômico não só dos profissionais, mas também de sua rede de apoio. “Isso pode significar que as pessoas estão recorrendo a trabalhos paralelos, formas abusivas de endividamento ou outras situações extremas que colocam em xeque sua produtividade e sua saúde mental”, diz Délber Lage, CEO da SalaryFits.

Houve também um aumento da prática de antecipação da restituição do Imposto de Renda, de 17% em 2019 para 24% em 2021. “Ainda assim, a maioria dos profissionais admite não lançar mão desses recursos. Provavelmente as pessoas utilizarão seus 13º salários para quitar dívidas, mas, devido ao grau dos juros, é difícil precisar se essas dificuldades financeiras serão realmente abatidas”, afirma Délber.

Continua após a publicidade

As dificuldades financeiras e a falta de oportunidades continuam ainda mais intensas para as mulheres. De acordo com a pesquisa, elas têm salários relativamente menores, além de menos acesso às vagas de trabalho.

A pandemia trouxe algo de positivo?

Um dado curioso foi o de que as pessoas estão menos estressadas em casa e no trabalho do que há dois anos. Em 2019, 74% dos entrevistados destacavam o estresse como significativo – agora, são 53%. Mas o levantamento da Zetra e da SalaryFits mostra crescimento da irritabilidade e da angústia ligadas ao endividamento: 44% relataram esses sintomas (em 2019, eram 32%). Há também aumento dos relatos sobre insônia, ganho de peso e dores.

Continua após a publicidade

Renato Araujo, fundador da Zetra, afirma que a adoção do modelo home office, ou trabalho híbrido, foi o aspecto mais positivo trazido pela pandemia segundo 37% dos entrevistados. Em seguida, veio o crescimento da produtividade (para 13% dos respondentes), aumento salarial (13%) e melhora na qualidade de vida (10%). “É possível entender que, apesar da pressão das dívidas, a possibilidade de trabalhar em casa é uma atenuante para os problemas. Curiosamente, 40% dos entrevistados afirmaram que o home office não afetou em nada a rotina”, explica Renato.

A pesquisa

Foram ouvidos 800 trabalhadores da iniciativa privada (66% dos entrevistados) e do setor público (34%) de todas as regiões do país. Dos participantes, 54% eram homens. As faixas etárias se dividiram em 19 a 30 anos (22%), 31 a 40 anos (35%), 41 a 50 anos (26%), 51 a 60 anos (15%) e acima de 60 anos (3%), das classes A, B e C. A pesquisa foi encomendada e realizada, na primeira semana de setembro, pela Grimpa, consultoria de pesquisa de mercado.

Quer ter acesso ao conteúdo exclusivo de VOCÊ RH? Clique aqui para se tornar nosso assinante.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 6,00/mês

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Você RH impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 14,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.