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Quatro tendências de treinamento e desenvolvimento para 2022

Este será o ano em que o potencial humano pedirá maior atenção de líderes e departamentos de treinamento e desenvolvimento

Por Marcelo Mantovani, professor da HSM Academy
Atualizado em 14 mar 2022, 15h53 - Publicado em 1 fev 2022, 06h55
Uma pessoa faz anotações em um caderno sobre a mesa enquanto vê uma mulher dando aula pela tela do computador
 (Julia M. Cameron/Pexels/Divulgação)
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A

área de T&D viveu uma revolução nos últimos dois anos. Empresas de todos os segmentos precisaram se adaptar aos modelos e ferramentas digitais que intermediaram as inúmeras angústias diante da tela do computador.

Novo cenário, nova inquietação: como possibilitar que líderes, gestores de RH e Universidades Corporativas desenvolvam seus colaboradores com maior eficiência e qualidade? Se 2021 deu início a nova década com a dúvida do retorno presencial do trabalho e das ofertas de treinamento, 2022 começou com uma certeza: é preciso resgatar o potencial humano na entrega de conteúdo, independentemente do modelo praticado.

Confira a seguir quatro tendências que ganharão força nos treinamentos corporativos e programas de desenvolvimento em 2022:

Cocriação

Cada vez mais, o modelo expositivo de conteúdo perde força e dá lugar ao protagonismo, à interação e à cocriação. Se a oferta dos treinamentos remotos perdeu alguma energia com o distanciamento das interações sociais, será preciso dar voz aos participantes e permitir maior autonomia na decisão e na solução dos cases apresentados. Por isso, quanto maior o espaço de cocriação, abertura de novas percepções e compartilhamento de ideias em uma sessão de treinamento, maior será o engajamento de quem participa, colocando a empresa em outro patamar de contribuição, participação e performance de seus colaboradores.

O que faz sentido toca o coração (e a curadoria de conteúdo pode ajudar)

A infinitude, a velocidade e a alteração das informações nos últimos anos provocaram um desgaste mental capaz de baixar o interesse por novos conteúdos. Nesse cenário, 2022 precisará apoiar seus programas de desenvolvimento na neurociência: a conexão entre determinado tema e o contexto de quem aprende eleva exponencialmente a atenção e o interesse pela aprendizagem.

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Não basta oferecer a melhor tecnologia, a melhor ferramenta ou o tema mais inovador. É preciso customizar o conteúdo a partir da história da empresa, seus diferentes departamentos e o repertório de seus colaboradores. É preciso fazer sentido para que a aprendizagem encontre um espaço generoso para a absorção do conteúdo.

Softskills são a bola da vez (e chegaram para ficar)

Os consultórios de terapia não mentem: há um número cada vez maior de colaboradores buscando ajuda nos últimos dois anos. Algumas empresas têm investido fortemente em ações que procuram preservar a saúde mental de seus colaboradores, oferecendo aplicativos de meditação, horários mais flexíveis, planos de saúde que contemplem terapia ou acesso a profissionais qualificados.

Sem dúvida, cuidar da mente tornou-se prioridade e necessidade urgentes. Uma das formas mais potentes de contribuir para o equilíbrio emocional dos colaboradores em 2022 será oferecer programas de treinamento e desenvolvimento para as lideranças.

Temas como inteligência emocional, confiança, resiliência, feedback e comunicação assertiva com foco no acompanhamento e acolhimento corporativo dos liderados, especialmente aqueles que atuam no formato remoto e híbrido, tornaram-se basilares.

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Empresas que investem em T&D atrairão mais talentos

Skilling, upskilling, reskilling e crosskilling. Essas palavras passaram a fazer parte do jargão de todo departamento de T&D nos últimos anos. A ideia do colaborador lifelong learner, que nunca para de estudar e aprender, tornou-se essencial não apenas para a sobrevivência no ambiente corporativo, mas para as interações sociais num mundo de inovação frenética.

Ao mesmo tempo, reter talentos continua sendo um grande desafio para a área de recursos humanos diante das novas possibilidades de trabalho. Um caminho importante para 2022 será investir em programas de treinamento que supram não apenas o descompasso entre a qualificação e as demandas do mercado de trabalho, mas também os interesses e as necessidades da empresa.

À medida que essa oferta cresce (via Universidade Corporativa, capacitações ou sessões individuais de mentoria), maior será o potencial de resultado e engajamento dos colaboradores, tornando o ambiente corporativo um grande laboratório de criatividade e inovação em seus produtos e serviços.

Esse ciclo de aprendizagem contínua retém não apenas os talentos em desenvolvimento da empresa, mas passa também a atrair os talentos do mercado que buscam um espaço para compartilhar ideias, crescer e se desenvolver profissional.

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Definitivamente, 2022 será o ano em que o potencial humano pedirá maior atenção de líderes e departamentos de treinamento e desenvolvimento.

Marcelo Mantovani é professor, consultor educacional e especialista em psicologia da aprendizagem, treinamento e desenvolvimento na HSM

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