Desconto de até 39% OFF na assinatura digital

Como potencializar o cérebro adulto para aprender inglês

Aprender um idioma depois de adulto pode ser difícil, mas não impossível. Para isso, é preciso entender como nosso cérebro funciona

Por Lígia Velozo Crispino, sócia-fundadora da Companhia de Idiomas
Atualizado em 27 jan 2023, 10h34 - Publicado em 24 Maio 2022, 07h00
Um homem vestido com uma camiseta cinza, com tatuagens no braço e um coque no cabelo está concentrado enquanto faz anotações em um caderno
 (Pexels/Cottonbro/Divulgação)
Continua após publicidade
A

língua materna é aprendida de maneira natural no meio onde o bebê é criado. Como ele não nasce falando, é capaz de aprender qualquer língua a que for exposto. Mas, se quisermos dominar uma língua estrangeira, teremos de passar por um processo “artificial”.

Todos podem se tornar fluentes, independentemente da idade em que comecem a estudar. No entanto, fluência não quer dizer necessariamente ausência de sotaque. A grande questão está no processo e no período de estudo. As crianças até cerca de 12 anos aprendem um novo idioma com muito mais facilidade e rapidez por causa da altíssima e refinada plasticidade cerebral. Essa característica as permite usar os dois hemisférios para a aquisição da proficiência de um jeito mais equilibrado. A plasticidade é a capacidade que o cérebro tem de se modificar, de se reorganizar, de se reestruturar e de aprender, estabelecendo novas conexões neurais e aumentando sua reserva cognitiva.

A formação completa do cérebro é uma longa jornada, ocorrendo em torno dos 20 anos de idade. Diferentemente do que acontece com as crianças, no cérebro adulto o aprendizado fica concentrado a um hemisfério, geralmente o esquerdo. Isso explica por que os adultos são mais racionais quando estudam e usam o idioma estrangeiro. Para usar a língua materna, isso não acontece. Inclusive, muitas pessoas dizem que é mais fácil brigar, negociar e até xingar em português porque envolve muito o emocional.

O desafio em aprender o inglês está em ensinar ao cérebro um caminho diferente do que ele percorreu até então em português. Por exemplo, o som do TH, a entonação, a gramática, o uso dos verbos auxiliares para estruturar frases interrogativas e negativas, o vocabulário, o uso dos phrasal verbs.

Continua após a publicidade

A combinação de estímulos mais os desafios ampliam a teia neural, ou seja, as sinapses entre os neurônios. Quando isso acontece, há aumento da velocidade, da conectividade e da qualidade dos nossos pensamentos. Potencializamos a plasticidade do cérebro adulto. Essas são algumas ações concretas:

1. Sair da zona de conforto e da rotina, porque, assim, só se iluminam as mesmas conexões neurais de sempre. Essa ação leva ao item 2.

2. Fazer coisas diferentes ou que nunca fez, como andar de skate, surfar, tocar um instrumento, escrever com a mão não dominante, escrever ou desenhar de olhos fechados, dançar, pintar, cozinhar, aprender outro idioma estrangeiro se já está estudando inglês.

Continua após a publicidade

3. Conhecer novos lugares, novas pessoas.

4. Fazer ginástica cerebral, utilizando jogos de tabuleiro, videogames, quebra-cabeças, caça palavras, jogos educativos etc.

5. Fazer exercícios físicos regularmente, com treinos diferentes.

Continua após a publicidade

6. Cuidar da alimentação, ingerindo mais peixes, frutas vermelhas, ovos, azeite e oleaginosas.

Todas essas ações são estímulos e desafios. O número de horas em exposição e o uso da língua que desejamos aprender também são estímulos. Quanto mais horas tivermos de exposição variada, melhor a retenção e a automação. O processo de assimilação é muito mais lento para quem estuda ou usa o idioma por apenas uma ou duas horas semanais. A frequência intensa e a regularidade contribuem para as questões motoras, uma vez que nosso aparelho fonador (dentes, língua, nariz e cordas vocais) automatiza os sons, e para o cérebro, que automatiza o vocabulário e a estruturação gramatical do português. Vale ressaltar que esse estímulo não é só aula com professor… mas isso é assunto pra outro artigo!

Compartilhe essa matéria via:

Quer ter acesso ao conteúdo exclusivo de VOCÊ RH? Clique aqui para se tornar nosso assinante

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 6,00/mês

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Você RH impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 14,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.