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As 11 atitudes do aprendiz autônomo

Alguns comportamentos demonstram o grau de autonomia no aprendizado. Veja quais são

Por Lígia Velozo Crispino, sócia-fundadora da Companhia de Idiomas
Atualizado em 17 fev 2023, 14h49 - Publicado em 17 fev 2023, 07h16
Mulher trabalha em home office com seu cachorro de estimação ao lado
 (Bruno Emmanuelle/Unsplash/Divulgação)
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um encontro de família, falávamos sobre a formatura de um dos sobrinhos. Ele tinha concluído o ensino médio técnico em programação em uma escola pública de renome. Dos três anos de curso, metade do período foi de aulas online. Até aí, nada diferente de toda a humanidade que se viu obrigada a estudar e trabalhar de casa por conta da pandemia.

O grande problema foi que a maioria dos professores não dava aula, não corrigia tarefa, dava notas aleatórias para as avaliações e as faltas excessivas não foram consideradas. Para o meu espanto e a minha indignação, mesmo depois de voltar a ter aulas presenciais, tudo continuou igual. Quase igual, porque, como meu sobrinho disse, alguns professores voltaram a usar o quadro, explicando a matéria enquanto enchiam-no de informações, alguns poucos alunos copiavam e a maioria apenas tirava fotos com o celular.

Falo e estudo o processo de aprendizagem há mais de 30 anos, defendo mudanças nas escolas, na postura de professores em benefício do maior engajamento e aprendizado efetivo do que realmente importa. Quando ouvimos esse tipo de relato, que é uma amostra ínfima da educação no Brasil, não é de se estranhar nos depararmos com alunos adultos que esperam um professor que detém o conhecimento, discursando e professando sobre sua disciplina. Em nosso caso, um dos idiomas estrangeiros que ofertamos.

Como esperar que esses alunos, ao se tornarem colaboradores, tenham postura autônoma, protagonista, vindo de escolas tradicionais; escolas valorizadas com professores descomprometidos e escolas de qualidade duvidosa? É preciso discutir, debater explorar, refletir sobre as ações de aprendizes autônomos e protagonistas em seu processo de aprendizagem na vida pessoal e profissional, não só na escola.

Charles Wedemeyer é famoso como o pai da educação a distância entre os especialistas da área. Ele criou a Teoria de Estudo Independente, que defende a aprendizagem ao longo da vida por meio de sistemas educacionais abertos e flexíveis. Ele mesmo pertenceu a uma família de poucos recursos e seus pais faziam questão de oferecer livros e revistas para criar um ambiente de estímulo à aprendizagem. Ele também frequentava a biblioteca pública regularmente.

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Wedemeyer criou, em 1969 — ou seja, há quase 50 anos —, uma lista de 11 ações de aprendizes autônomos que estão sempre dispostos a aprender. Como a lista está super atual, convido você a uma atividade de autorreflexão sobre sua postura para o aprendizado autodirigido.

(   ) Gosto de planejar com antecedência — um dia, uma semana, um mês — e mais.

(  ) Geralmente adoto um plano, modificando-o à medida que avanço, mas nunca o abandono sem melhorá-lo.

(   ) Organizo minha vida para fazer o melhor uso possível do tempo, o ingrediente mais crítico do estudo independente bem-sucedido.

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(   ) Percebo que não posso iniciar uma nova atividade de aprendizagem sem abrir mão de algo que antes ocupava o tempo agora reservado para o estudo.

(   ) Gosto de ler, escrever, ouvir e discutir.

(   ) Tenho mente aberta para aprender coisas novas.

(   ) Gosto de questionar, testar e analisar.

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(   ) Não tenho medo de ser diferente.

(  ) Gosto de fazer generalizações, busco princípios e lógica, encontro as estruturais básicas em qualquer assunto.

(   ) Desenvolvo habilidades para tomar notas, lembrar delas e relacioná-las.

(   ) Trabalho cooperativamente com os outros, mas também gosto de estar “por conta própria” no aprendizado.

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