Por que você deveria ir mais a eventos corporativos
Não é só o CONARH. Sair mais de casa (ou do escritório) gera oportunidades de aprendizado, autoconhecimento e, claro, networking.
Recentemente, o presidente de uma das maiores empresas de tecnologia do mundo disse que estava implementando medidas para incentivar o retorno da equipe ao trabalho presencial. A razão? Ele acredita que a riqueza das trocas no dia a dia, olho no olho, gera uma inovação incomparável para o negócio e para o desenvolvimento dos profissionais.
Para ele, brainstormings e interações que ocorrem quando as pessoas estão fisicamente juntas, simplesmente, não acontecem da mesma maneira no formato virtual. A visão desse executivo reforça a importância do networking como uma ferramenta poderosa não apenas para o crescimento individual, mas também para o avanço organizacional.
Ao acompanhar diversos eventos nos setores em que atuo, vejo o quanto as pessoas criam importantes relações mesmo atuando em empresas diferentes e, muitas vezes, até concorrentes. Respeitadas as confidencialidades de dados sensíveis, as trocas entre profissionais são saudáveis e geram laços que podem impulsionar carreiras e negócios de forma mais acelerada.
Ver o outro é entender mais de si mesmo
Tudo isso acontece porque networking vai além de simples conexões. Trata-se de construir relacionamentos significativos que podem abrir portas e proporcionar novas oportunidades. Além disso, quando conversamos com outras pessoas, temos oportunidade de entender melhor nossos dilemas, esclarecer dúvidas, confirmar ideias ou melhorar pensamentos.
É um grande erro ficar imerso apenas no universo da nossa empresa ou do home office. A interação com outros profissionais, a participação em eventos e a construção de uma rede de contatos ativa são práticas que ampliam nossa visão de mercado e nos colocam em uma posição de destaque. Nos beneficiamos disso, também, quando participamos de cursos presenciais.
Diante da chegada da inteligência artificial, o investimento em momentos que desenvolvam e aprimorem habilidades técnicas, conhecimentos e a nossa capacidade de comunicação e colaboração com o outro é um passo importante para mantermos a nossa relevância e competitividade no mercado de trabalho. É a base de uma carreira sólida e bem-sucedida.
O sucesso profissional no século 21 requer um compromisso contínuo com o aprendizado e o relacionamento com outros profissionais. Não se trata apenas de dominar novas ferramentas ou tecnologias, mas também de estar disposto a aprender com outras pessoas e a contribuir para o crescimento mútuo. Ao fazer isso, você não só estará investindo em sua própria carreira, mas também ajudando a construir um mercado de trabalho mais dinâmico e inovador.
Aqui entram dois conceitos importantes. Falo do upskilling, que é o processo de aprimorar as habilidades que já possuímos para nos tornarmos ainda mais competentes e atualizados em nossa área de atuação. Também refiro-me ao reskilling, que diz respeito à aquisição de novas competências, muitas vezes em áreas diferentes daquelas nas quais atuamos.
Interagir é aprender, sempre
Creio que seja importante eu destacar que esse texto não é um manifesto contra o trabalho a distância. Sei o quanto o home office tem sido extremamente positivo para a qualidade de vida de muitas pessoas. Eu mesma tenho me beneficiado da opção de trabalhar a distância e valorizo muito essa possibilidade.
Entretanto, não podemos nos esquecer do valor das relações humanas. Estar em grupo e aprender com outras pessoas gera trocas e reflexões ricas que não seriam possíveis de outra forma. Participar de discussões e eventos e se conectar com colegas de profissão são práticas que fortalecem nossa rede de apoio e nos mantêm atualizados sobre as tendências e melhores práticas do mercado.
Cada vez mais, o mercado de trabalho tem pedido por “eternos aprendizes”. Então, precisamos estar sempre abertos a experiências, conceitos e práticas. Fazer perguntas inteligentes para extrair o melhor das IAs e das interações com outras pessoas, aproveitando as tecnologias de maneiras estratégicas, é um dos fatores que nos diferenciam das máquinas.
Ser mais polivalente e abrangente em termos de conhecimentos não é mais uma vantagem competitiva opcional. É uma necessidade primordial.
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