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Ana Bernal

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Ana Bernal é advogada criminal, palestrante, colunista, consultora e professora. Atua também como diretora-secretária geral da diretoria executiva da OAB São Paulo

Ecofeminismo: conheça o movimento que une feminismo e sustentabilidade

Oito em cada dez pessoas obrigadas a se refugiar por causa de desastres climáticos são mulheres - e o ecofeminismo quer ajudá-las

Por Ana Bernal, colunista de VOCÊ RH
23 jun 2021, 09h00
Imagem mostra uma mulher branca de cabelos ruivos segurando uma folha.
 (Mert Guller/Unsplash/Divulgação)
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O eco feminismo é um movimento feminista que conecta a luta pela igualdade não apenas de direitos, mas também de oportunidades entre os gêneros (homens e mulheres), com a defesa e a preservação da natureza.

Este movimento surge nos anos 70 com o livro Féminisme ou la mort (“Feminismo ou morte: como o movimento feminino pode salvar o planeta”, em tradução livre), da feminista francesa Françoise d´Eaubonne, que cunha pela primeira vez o termo eco feminismo. Ela explica que a luta pelos direitos das mulheres está relacionada com reivindicações por um mundo mais sustentável e defende o controle da natalidade por entender que a superpopulação ameaçaria o meio ambiente e seria fruto de um patriarcado onde existia o controle do corpo da mulher. Ela entende que a discussão sobre as mulheres, ela é muito rasa e, sempre é deixada para última análise.

Desde então, estão surgindo movimentos de diferentes linhas sobre esse tema e organizações empenhadas na luta pela preservação tanto dos direitos das mulheres, quanto da natureza. Esse movimento apresenta soluções para alcançarmos uma sociedade mais igualitária e sustentável. Além disso, valoriza a mulher, mostrando que ela não deve ser subordinada ou ficar em segundo plano, mas ser colocada em primeiro lugar e busca um equilíbrio entre o ser humano e a natureza, com respeito a todas as formas de vida. Mas o ecofeminismo é um movimento diferente, que não é aceito por todas os movimentos feministas.

A mulher do campo

Dados mostram que, em países menos desenvolvidos, a mulher rural ainda não têm acesso sequer à educação para seus filhos — apesar de ser, na maioria das vezes, a responsável pela terra e geradora da renda para alimentar a família. Ela luta por isso no local onde está: se ela não lutar, perecerá ao lado dos seus filhos. O homem tem mais chances de fugir do campo sem a família, mas a mulher precisa carregar seus filhos consigo se quiser migrar ou enviar recursos para garantir a sobrevivência deles se deixá-los com alguém de confiança.

É de suma importância entendermos que fatores socioeconômicos, biológicos e climáticos afetam, na maioria das vezes, muito mais as mulheres do que homens. Isso se confirma em dados registrados pela ONU que revelam que 80% das pessoas que precisam abandonar seus lares para se refugiar em outros locais em decorrência das mudanças climáticas são mulheres.

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Por isso o ecofeminismo é tão importante: empodera as mulheres que querem defender seus corpors e o meio ambiente. As ecofeministas enxergam um ponto em comum entre a destruição do meio ambiente e degradação da mulher, lutando contra esse sistema para conseguir melhores condições para todos.

Assinatura de Ana Bernal
(VOCÊ RH/Divulgação)
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