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Isis Borge

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Executive Director Talenses & Managing Partner Talenses Group

O futuro é híbrido: veja como aproveitar melhor esse momento

O trabalho remoto abre grandes possibilidades, desde contratar pessoas que estão vivendo em outras cidades até diminuir a carga de viagens

Por Isis Borge, colunista de VOCÊ RH
19 fev 2021, 09h45
Mulher em home office
 (Unplash/Divulgação)
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Muito se tem especulado sobre o retorno dos profissionais aos escritórios. Algumas empresas já anunciaram o trabalho remoto definitivo e, consequentemente, fecharam as portas do escritório físico. Outras ainda estão em dúvida sobre a definição dos seus modelos de trabalho. E, de uma amostragem de centenas de executivos que tenho conversado nos últimos tempos, praticamente nenhum fala em voltar 100% com o trabalho presencial. Minha percepção é que boa parte das organizações quer dar a opção de escolha aos funcionários por entenderem que ainda existem pessoas que preferem trabalhar no modelo tradicional, ou seja, no escritório.

Conversando com alguns CEOs, a grande maioria não se sente segura com a permanência das equipes 100% trabalhando à distância. Mas também não acreditam em retornar ao formato de trabalho que tínhamos antes da pandemia. O que vejo é que, na verdade, estão estudando um meio termo, algo que mescle a jornada mensal ou semanal com trabalho remoto e presencial. Os RHs, em contrapartida, de uma forma geral, comemoram a quebra de paradigmas dos líderes que ainda duvidavam da eficiência e produtividade existente no trabalho remoto.

Outro movimento que tenho observado fortemente é o de muitas empresas abrindo processos seletivos de vagas de liderança sem a determinação do local físico para que se exerça a função. Nas propostas, inclusive, é comum vermos o termo “home office” para especificar o local de trabalho. Além disso, o discurso com os candidatos é de que eles poderão morar na cidade de preferência, desde que em alguns dias do mês se disponham a ir até a sede da empresa para alguma reunião presencial de alinhamento ou estratégia com as equipes ou o board da companhia. Em muitos casos, inclusive, é informado ao candidato que essas idas presenciais serão bem esporádicas, sem data fixa.

Um cenário também bastante comum tem sido a migração de famílias dos grandes centros para cidades do interior do estado ou para o litoral, porém não tão distantes da cidade que costumavam viver. A distância que a maioria opta tem sido de até 200 km, se tivermos como referência os grandes centros. Com isso, as famílias ganham com mais qualidade de vida, menos trânsito, menos violência e um novo estilo de vida com mais lazer e mais atividades ao ar livre. Tudo com um custo de vida menor.

De qualquer lugar do mundo

Recentemente, para vagas mais específicas recebi alguns pedidos inusitados de buscar brasileiros que estejam morando no exterior e topem trabalhar para uma empresa brasileira à distância. Tenho visto casos de casais em que um foi expatriado e o outro optou por fazer uma pausa na carreira que tinha aqui no Brasil para acompanhar o parceiro ou a parceira. Esses cônjuges, que estão sem trabalho, agora, podem perfeitamente ser cogitados para retomar as atividades aqui no país, só que à distância.

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Antigamente, nas cartas de ofertas das empresas mais maduras, era comum nos depararmos com a expressão “opção de home office X vezes por semana”. Agora, essa realidade é tão normal que a informação deixou de existir no documento. E, olhando o lado do colaborador, as pessoas têm questionado mais sobre as políticas das empresas contratantes sobre o modelo home office.

Na maioria das vezes, as empresas ainda não têm uma resposta definitiva do modelo que vão adotar quando a maior parte da população estiver vacinada. Mas uma coisa é certa: muitos candidatos estão dispostos a recusar uma oferta ou desistir do processo se souberem ou sentirem que a empresa deseja retornar ao modelo 100% presencial. Eu, particularmente, acredito que para a atração e retenção de talentos, as empresas precisarão de fato migrar para um modelo híbrido, sem impor o formato antigo de trabalho.

Tenho visto muitas empresas devolvendo andares inteiros de escritórios ou reduzindo os espaços físicos, já prevendo que uma parte das equipes estarão em revezamento, cumprindo uma jornada mais flexível. Com isso, os escritórios têm a oportunidade de se tornar mais modernos, com menos paredes, mais espaços integrados e áreas de descompressão com pufes e grandes mesas coletivas, estimulando a interação entre as pessoas. Sem locais demarcados, os colaboradores poderão trabalhar da mesa que for mais conveniente e, guardam seus pertences em um armário individual.

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Fim das barreiras

Antigamente, existia uma certa barreira quanto a derrubar paredes dos escritórios devido à confidencialidade de alguns dados, que são tratados em reuniões, conversas entre os membros do departamento ou por telefone. Hoje, vemos que o estímulo é para que o colaborador faça as reuniões mais sigilosas de casa e aproveite o tempo que estiver no escritório para ter interação com as pessoas. Para mim, é muito motivador estar acompanhando todas essas mudanças evolutivas do cenário do mercado de trabalho em tão pouco tempo.

Quando pedem a minha opinião sobre o futuro do mundo corporativo, eu digo que vejo que o modelo híbrido de operação é o caminho da maior parte das organizações. Dois dias no escritório e três em casa ou vice-versa. No caso de empresas mais modernas, uma ida para o escritório a cada quinze dias ou uma vez por mês. Poucos serão os casos em que as pessoas só se encontrarão nos eventos de confraternização e poucos são os casos que as pessoas voltarão à rotina de ir todos os dias ao escritório.

Acredito, também, que teremos muito menos viagens corporativas, já que está provado que é possível firmar acordos ou projetos complexos de forma 100% remota, dando mais qualidade de vida para colaboradores que antes viviam em ponte aérea. Isso sem falar na economia financeira que as empresas vão ter, com a queda ou extinção de custos com hospedagem e transporte de diferentes tipos.

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Cada vez mais valorizamos o nosso tempo. Tempo é dinheiro, tempo é vida. E que bom que o mundo migra para um modelo que nos permite viver melhor conciliando a carreira nesse cenário. Agora, o grande desafio do momento é a gestão de tempo, cada um ser dono do seu próprio planejamento e conseguir se autogerir e se automotivar. O nível de maturidade esperado, independente do cargo hierárquico, está mudando e o estilo de liderança também. Todos estamos aprendendo juntos qual é o formato ideal e a habilidade de estar sempre aprendendo continua sendo bastante requisitada nessa nova etapa de nossas vidas e carreiras.

Assinatura de Isis Borge
(VOCÊ RH/Divulgação)

 

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